Igreja Paroquial de Nossa Senhora das Neves (Prazeres)

Igreja dos prazeres

Em 1676, um alvará de D. Pedro II facultou ao bispo D. Fr. António Teles a desmembração de ermida de Nossa Senhora das Neves, dependente que era do Estreito da Calheta, para com alguns casais apartados da Fajã da Ovelha, ser formada uma nova freguesia.

As obras para a igreja postas em licitação pelo Conselho de Fazenda, em 1689, foram arrematadas por Manuel dos Santos, sendo então vigário de Nossa Senhora dos Prazeres, o Padre Manuel Dias Pinheiro.

Mandou o Conselho da Fazenda, em 20 de Novembro de 1745, construir uma nova igreja, em local distante da primeira. Uma provisão de Junho de 1784 concede três arrobas de cera e três cântaros de azeite à confraria do Santíssimo de Nossa Senhora dos Prazeres.

No tempo do domínio miguelista foi esta igreja roubada e profanado o sacrário, o que causou uma geral indignação, sendo mandados celebrar desagravos em todas as igrejas. O Bispo publicou ainda uma pastoral alusiva a este sacrilégio.

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Em 1700 esta paróquia foi extinta e agregada à freguesia do Estreito da Calheta, ficando a paróquia reduzida à condição de capelania. Em 1733 a capelania é transformada em curato dependente da paróquia do Paul do Mar. Por fim, reconquistou a sua autonomia, procedendo-se então à edificação da nova igreja da invocação de Nossa Senhora das Neves, cuja primeira pedra foi lançada em Setembro de 1751.

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A Igreja Paroquial das Neves pertence à Paróquia dos Prazeres e a sua padroeira é Nossa Senhora das Neves, celebrada a 4 e 5 de Agosto.

Na véspera (dia 4) da festa da padroeira da paróquia dos Prazeres, realiza-se o «cortejo dos regentes» com saída dos diversos sítios da freguesia com produtos que são colocados num bazar no adro revertendo as verbas para a ajuda daquela paróquia.
Regentes são as denominações das pessoas que em cada sítio estão encarregadas de organizar o cortejo de oferendas.

CURIOSIDADE

No dia 5 de agosto, a Igreja celebra a festa de Nossa Senhora das Neves, um título que remonta a uma antiga tradição segundo a qual um casal romano, que pedia a Nossa Senhora algo que lhe indicasse o modo de saber como empregar a sua fortuna, recebeu em sonhos a mensagem que Santa Maria desejava que lhe fosse dedicado um templo no monte Esquilino quando este aparecesse coberto de neve.

Isto aconteceu na noite de 4 para 5 de agosto em pleno verão: no dia seguinte, aquele terreno onde agora se ergue a Basílica de Santa Maria Maior em Roma, amanheceu inteiramente nevado num época do ano em que, naturalmente, não há neve.